segunda-feira, 4 de agosto de 2008

BRASILIS

E sempre que alguém pensa em determinar certa brasilidade nas atitudes, recorre ao popular, mas, claro, não sem antes tomar o cuidado de rebatizar o brega de kitsch, o improviso de vernacular. Isso porque podemos olhar de cima para algumas pessoas, falar mal das aberturas de novela, escutar Beatles enquanto diz que adora artesanato do vale do Jequitinhonha, enfim, ser contraditório; ou, globalizado.
Não acredito em nada disso.
Esse intercâmbio entre culturas, no sentido de estabelecer algo que possa ser universal, já era. Nós ainda estamos muito atrás pra trabalhar um refinamento do nosso país, pra mostrar a cara baranga sem se mascarar de Europa ou de Ásia (porque Americano é so last week). Quero ser popular. E ser um pouco mais “ignorante” (nessa concepção de ignorância que assola os futuros designers quase-europeus) se isso me trouxer uma produção da qual me orgulhe.

terça-feira, 10 de junho de 2008

MECOTipo e Tipos e design

É primeiro livro sobre desenho de tipos da história recente do mercado editorial brasileiro. O MECOTipo trata de um processo completo para que os "designers em formação" (termo que o Buggy usa para os estudantes) possam desenvolver um desenho de tipos coerente com base nos princípios elementares da tipografia.
O foco do que quero dizer, na verdade, não trata especificamente do MECOTipo, apesar de esse ser uma referência interessante para quem se liga no assunto, apesar de ainda não estar disponível por aqui (mas no Ndesign de Manaus e no Rdesign de Vila Velha ele já estava sendo divulgado) - mas sim do que a tipografia tem de paralelismo com a prática do design em si. Sempre que a questão da relevância da tipografia é mencionada em uma roda de conversa que seja, ela é logo colocada lado a lado com o destino do design gráfico em nosso país.
Pensar que o mercado tipográfico agora tende a evoluir no Brasil é também levar em consideração que há um "momento" para o designer enquanto propositor de linguagens por aqui. As características do próprio estudante de design (e aqui cito meu próprio exemplo), o blasé e o apolítico, tornam certos aspectos difíceis de definir; e certas posições difíceis de serem colocadas. Se essa é a hora de produzir ou pesquisar, acredito que essas atitudes devam ser tomadas tendo em vista aspirações próprias e de relevância mais pessoal; principalmente para aqueles que têm focos de interesse bem definidos e que, de alguma forma (ou que qualquer forma) estão dispostos a contribuir com o todo.
Vamo lá.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cultura Visual Brasileira


A identidade nacional sempre é uma questão discutível em muitos meios de design, e nesses meios sempre está associado ao vernacular, ao artesanal e ao regionalista. Alguns aspectos pode-se dizer, são mais válidos do que outros em qualidade gráfica ou mesmo em capacidade de gerar soluções de design posteriores, mesmo que tenham sido geradas em âmbitos populares.
É interessante então ver o que o Andreas Conradi (alemão) gerou de conteúdo visual sobre o Brasil. É só entrar no site dele e conferir o livro "Exploring Brazil's viasual culture", que é um exemplo do olhar estrangeiro e não-saturado sobre o que seria uma cultura visual que significasse nosso país em outros lugares, com o olhar de designer.

Site do livro aqui, com um video bem legal e explicação do conceito.


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Cálculo da lombada

E-mail mandado pro grupo do 5°DG noite:

A quem possa interessar:
"Para não errar no tamanho da lombada, use o seguinte cálculo: número de páginas (vezes) a gramatura do papel do miolo (vezes) 2 (dividido) por 28800. Portanto, num livro de 100 páginas, impresso em papel offset 75 gramas, o cálculo seria o seguinte: 100 X 75 X 2 : 28800 = 0,52 centímetros".
Extraído do livro "Direção de Arte em Propaganda" de Newton Cesar, página 133.


Enviado por Claudio Diniz Alves

Importantíssimo!
Valeu, Claúdio!

sábado, 10 de maio de 2008

Mais Letras

Os sites também podem ter algo de muito inspirador para a página impressa. Pensando nisso, e deixando um pouco de lado a não-abordagem da hipermídia na matéria de Prática Projetual, me pergunto se o processo não esteja sendo exatamente esse, inverso ao que muitas vezes imaginamos - o desenvolvimento de linguagens interativas em ambientes virtuais que mais tarde serão adaptadas a suportes táteis, como recurso visual interessante e eficaz.

Fica a dica do OUR TYPE.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Flip-book

Navegando por aí, as vezes achamos coisas interessantes:


terça-feira, 6 de maio de 2008

Design de auto-promoção

É isso o que o projeto do livro pode se tornar no final, um objeto para se auto-promover. Item de portifólio, peça principal de apresentação de seu estilo e um bucado de outras coisas. Ed Fella cita essas peças promocionais como uma forma ótima de divulgação do seu trabalho. Ele criava flyers (after-the-fact flyers, como chamava) para as palestras que fazia, depois que elas já haviam acontecido. Estes meios de "auto-propaganda" funcionam como souvenirs para as pessoas que assistiam as palestras dele. Ao invés de fazer 200 impressões de anúncios, esperando que 20 pessoas vão, ele imprimi 20 cópias do flyer e entrega para aquelas 20 pessoas que foram, que são quem realmente importa. Essa dica está nos "100 habits of sucessful graphic designers: inside secrets on working smart and staying creative", do qual muitas, você encontra no site do Fella.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

R Design

Ainda no campo das possibilidades conceituais e a adequação de materiais ao projeto, penso no tema do R Design desse feriado, que foi o chamado "design vernacular". Me encontrei debatendo sozinho uma questão que para (quase todos) os outros parecia já estar resolvida: até onde buscamos inspiração nas expressões populares e até quando somos pessoas olhando a ignorância alheia do alto? Acredito que exista uma diferença muito grande entre o que se chama de "vernacular" (que está diretamente ligado às limitadas condições de algumas comunidades ou concentrações populacionais que compartilhem códigos específicos e o que elas fazem para comunicar dentro dessas condições, sejam as ferramentas ou os suportes, etc) e o design (que não tem, necessariamente, limitações técnicas tão definidas para a realização da comunicação, inserido que está na discussão e no desenvolvimento tecnológico a nível mundial). Dessas coisas, extraí algumas que podem trazer informações úteis ao projeto do livro, seja como solução isual ou como referência futura ou sei lá o quê.
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Fondue Fontes, do Juliano Augusto. (ex-aluno da UEMG, a foundry foi apresentada como PG).
A Brasilêro, do Crystian Cruz. (bem conhecida como referência ao vernacular do Brasil).
André Villas Boas (a palestra dele foi bem interessante e os livros também o são)

terça-feira, 29 de abril de 2008

As respostas de Gerard Unger

Pensando a partir dos fragmentos de algumas conversas, me deparei agora com a constante questão da mudança - sinto como se estivéssemos numa época acomodada, que não um período de transição do design gráfico; vejo todos parados olhando para o próprio umbigo, correndo atrás do prejuízo e de um certo modo, despreparados para uma mudança nos meios visuais, e na forma de apresentação desses meios. A resposta para isso me veio de maneira subta - uma entrevista com o designer holandês Gerard Unger na versão online do site da eye magazine (citado abaixo).
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Quando o perguntaram se "os métodos de ensino atuais não preparam os alunos para as mudanças", ele respondeu que hoje, "a ênfase do esino é muito maior na expressão pessoal, e que as veias do design que levantam a bandeira da pura 'solução de problemas' são sua origem e escola original". Essas palavras podem conter, para alguns, traços de estagnação, porém resgata valores de uma cultura de design que perdemos. Nem todos podemos ser designers superstars (tendo em vista a cultura de expressão pessoal que Unger cita), e de fato muito poucos o serão. Mas a característica contratualista de dialogar com as diferentes possibilidades do "lidar com a linguagem" (ora de modo pessoal, ora de maneira à resolução de problemas) é algo que devemos guardar.
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Transformar, e criar algo que seja novo (ah, o novo!) é uma descoberta baseada no estudo (novidaaade...), seja ele sistemático (ou não), teórico ou prático; e não um exercício livre de referenciais e de conceitos pré-definidos. Criar é difícil. E só o tempo pode dizer se esse trabalho gerará frutos a serem divididos com a comunidade em geral e provocar discussões úteis (a simples expressão pessoal ainda cai na triste análise do bonito-feio). Todos queremos ser reconhecidos pelo trabalho que realizamos, e queremos, de certa maneira, mudar o mundo com nossas idéias. E eu espero que isso aconteça, e que entre uma mudança e outra, o panorama geral possa ser acrescido de grandes contribuições, sejam elas um trabalho teórico de valor agregado inestimável, a geração de imagens que por si provoquem a discussão e inspirem as novas gerações, ou, por que não, um livro feito na faculdade.
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O design gráfico de Gerard Under
A tipografia de Gerard Under

C X C

Tenho conversado sobre isso com algumas pessoas, outro problema que estamos enfrentando; quando a noção de conceito extrapola alguns limites e começa a inferir diretamente no conteúdo. Acho que pra todos nós ficou claro o que teremos que escrever - como iremos gerar esse texto já é outra história, e nessa parte acho que o que havíamos imaginado enquanto conceito (como disse a Dani Luz) vai ser o orientador das escolhas do projeto, para que acertemos nas associações mais coerentes possíveis. Eu estou trabalhando experimentações e acho todas elas válidas enquanto soluções visuais interessantes, mas o caráter informacional do projeto, que é o que vai demonstrar a capacidade de cada um em trabalhar seus objetivos (á absorção das aulas) é mais importante (pelo menos pra mim); tenho em mente que não estamos trabalhando um livro-conceito nem um livro-objeto, e que a viabilidade de produção deve ser levada em conta em momentos cruciais, nas soluções encontradas, etc.

A leitura da semana são alguns artigos disponíveis online no site da EYE magazine. Essa revista fala de cultura visual e design gráfico e tem colaboradores de peso no meio que pensa a respeito dessa atividade, entre eles o Rudy Vandelans da Emigre e meu ídolo Rick Poynor! A versão física da revista é beeem cara, apesar de valer a pena; mas tem muitos extracts das coisas no site!

Um artigo sobre design de livros aqui (esse fala sobre a relação com as crianças e o tratamento da linguagem visual dos livros, mas dá pra tirar algo do nosso proveito, como a relação das imagens e algumas máximas sobre o assunto. E pra quem não achar legal, tem um monte de artigos relacionados ao lado).

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Produção de imagens

O comentário do Lucas me fez pensar sobre as possibilidades de produção de imagens. Tá todo mundo careca de saber que estamos numa era que a maioria das pessoas tem acessos a ferramentas digitais gratuitas ou muito baratas, tais como softwares de edição e máquinas digitais (no Oiapoque mesmo você pode comprar uma boa cybershot por r$500) . Aliando photoshop + uma cybershot + boas idéias é possível fazer imagens comparáveis a de muitos fotógrafos profissionais. É importante conhecer os recursos da própria máquina. Existe muita gente com boas máquinas, mas que nunca fuçaram suas ferramentas, tais como diferentes flashes, aberturas de diafragma, diferentes tempos de exposição...e em muitas ainda é possível alterar o contraste e cor. Eu mesma ajudei o Lucas a criar uma tipografia com luz toda numa cybershot em que o tempo máximo de abertura do diafragma era de 2 segundos. Vamos combinar, que atualmente fotos muito limpas e cruas (sem edição) não fazem mais tanto sucesso. Não estou questionando a fotografia tradicional, mas Photoshop hoje em dia é essencial! Você pode fazer desde uma edição básica, mexendo nas Levels até mudar as cores, fazer montagens, paths... enfim, quase tudo. Mas uma boa composição da imagem é o começo de tudo. Saber alguns truques de enquadramento e sacar como será a leitura da imagem (vide Psicologia e Percepção da Forma II e as últimas aulas de Prática) é muito importante também. Boas fotos podem ser feitas em casa mesmo, usando a luz ambiente (prefira locais onde batam luz do sol, mas que tenham uma cortina que pode funcionar como um difusor da luz, fazendo com que ela não chegue dura ao objeto ou pessoa fotografada) e fazer um rebatedor é muito simples: é só comprar um isopor branco (!). Ah e uma coisa que não podemos esquecer: a UEMG tem um estúdio! 2 até! Você pode conversar com o Rogério que ele te empresta a Canon profissa dele e ainda te ensina a fazer a luz do estúdio! Ooou ainda, você pode ir ao sétimo andar e conversar com a Rose ou com o Zé Rocha porque tem um estúdio no Centro da Imagem, mas lá eu não sei como funciona.

Fatos e Fontes

Desperdícios
É muito fácil se perder na escolha tipográfica, apesar de todos já termos aprendido a fugir de Mistral, Arial, Comic Sans e cia. (não vou citar a AvantGarde porque eu adoro). Ainda mais quando se tem um FontPack com sei lá, 5000 fontes bonitinhas esperando para serem usadas e não conseguimos olhar nem a metade do menu sem nos aborrecermos. Como ninguém consegue enxugar o set (talvez por achar um desperdício mandar algumas pra lixeira), tem-se uma grande quantidade à toa. É sempre bom olhar primeiro num bom visualizador ou site, pra ter uma idéia do tipo antes de instalá-lo, e não ficar correndo o dedo na setinha (a maldita setinha pra baixo) na lista que aparece no Illustrator. Nenhum aescolha tipográfica, acredito eu, é aleatória ou segue simplesmente os caminhos da legibilidade.


Li umas coisas e ouvi outras... deu pra concluir algumas certezas:
1) O dafont.com é a desgraça de qualquer projeto.
2) É bom deletar fontes - começando pelas display, claro. Góticas, célticas e firuladas são lindas, mas, encaremos a realidade, nunca as usamos.
3) Tipografia Comparada é um livro muito útil mesmo.
4) Não é bonito nem ético, mas como somos pobres futuros designers no Brasil, os torrents ajudam - e muito. A não ser que alguém esteja esbanjando graça e comprando US$200 em fontes pro projeto.
5) Conhecer várias foundries é bom, faz com que a gente saia do mundo de Caslon-Garamond-Bodoni-Helvetica e se aventure em outras legibilidades possíveis.


Adobe Garamond.
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Só pra dividir uma coisa, meu projeto usa sete fontes diferentes. Só uma é pra texto. Eu acredito que a regra das 3 fontes e da funcionalidade está subjugada realmente ao apelo conceitual. E acredito também que todos vamos saber dar a essa escolha a devida importância.

Fotografia

Apesar do contínuo desuso da fotografia analógica (tirando algumas exceções na fotografia atual, como fotógrafos que já se firmaram no mundo dos filmes ou pessoas com objetivos mais experimentais e/ou saudosistas), são suas técnicas de revelação, de mudança de suporte, diferentes químicos e experimentações com revelações teoricamente "impróprias" pra determinado filme, que acabam influenciando a experimentação do tratamento fotográfico hoje em dia, usado pelo Photoshop. Com a fotografia digital, muitos equipamentos fotográficos estão ficando difíceis de encontrar e mais caros, como determinados filmes, filtros, tipos de revelações. Aqui em BH mesmo, não existe um lugar que você ache determinados filmes, de diferentes formatos, ISOs maiores que 400, bons cromos. A saída é comprar filmes fora do Brasil, no E-bay ou na Amazon. Os tipos de revelação são limitados e está cada dia mais difícil revelar com uma boa qualidade, porque costuma faltar papéis e os lugares que ainda revelam cobram um preço salgadinho (e por favor! Não acreditem em revelações de 1 hora!). Sendo assim, não tem como negar a força que a fotografia digital tem atualmente e a democratização que ela ocasionou. Mas, como o Photoshop foi feito com bases na fotografia analógica (e como o Léo Rocha mesmo citou que os ícones de suas ferramentas foram todos criados baseando-se nos processos de revelação de filmes) aqui tem um link prum livro do Luiz Monforte (Fotografia Pensante) onde ele ensina váaarias técnicas pra revelação de filmes e uso de várias ferramentas como apoio, criando efeitos interessantes que podem ser facilmente copiados pelo Photoshop. Infelizmente, não tem exemplos com fotografia de todos os processos. Mas se você se interessar por alguma técnica você pode encontrar no Google alguns exemplos. Para achar diferentes tratamentos de fotos ou tirar dúvidas sobre, eu recomendo alguns grupos de discussão de fotografias, como o fórum Mundo Fotográfico e o Photografos. O bom desses grupos é que sempre tem um pessoal que manja muito de fotografia e que está sempre disposto a ajudar.

Ed Fella

E nessa onda de designers que tiveram seu ápice nos anos 80 (e que ainda influenciam muita gente), encontramos o Ed Fella. Velhinho simpático, esse designer aprendeu tudo o que sabe na prática e só foi estudar design mesmo, aos 40 anos, para poder lecionar! Ele é não usa nenhuma técnica digital na confecção de seus trabalhos, desenhando todas suas peças à mão. O legal é que ele não nega o mundo digital, mas diz já estar velho demais pra tentar entrar nele. E apesar de ter trabalhado muitos anos criando para a indústria automobilística, ele é mais conhecido pelos seus trabalhos autorais. No site dele tem artigos escritos por ele, entrevistas e sua história, em sua maioria lançados pela revista Emigree (que o Lucas citou aí embaixo).





quarta-feira, 23 de abril de 2008

Emigre!!! (plus algumas "viagens")

No site da emigre, mais exatamente AQUI, dá pra ver todo o catálogo e abstracts das revistas dessa foundry, que, nem preciso dizer, contém material fodaaaaa. O impacto das novas mídias e as possibilidades de interface para a prática do design são assuntos muito abordados desde o fim da década de 90 até os anos 2000 - talvez fosse o impacto e a implosão que esses meios causaram o fator de geração pra tantas páginas de material útil ainda hoje.
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Trazer as coisas pro nosso contexto é interessante, e fazer um paralelo entre essas novas possibilidades que surgiram nos anos passados e os modismos e comodismos de hoje, ajudam (pelo menos me ajudou) a desanuviar um pouco a mente e absorver outras visões do que seja design gráfico, levantar a bunda da cadeira do computador e pensar um pouco, e colocar esses pensamentos em palavras. E aproveitando, enchemos nosso livro com idéias - sem medo de ser feliz. A Louise Sandhaus fala muito dos ensaios na prática do design. Talvez seja um meio de nos comunicarmos de maneira mais eficaz uns com os outros! Se os futuros designers não pensam, e os que pensam escondem suas idéias como um tesouro (ouro de tolo, só pode ser), nunca abriremos a discussão, ou as nossas cabeças ocas.
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Pensando ao ler alguns artigos, eu me pergunto onde estão esses designers-que-escrevem hoje. Talvez tem umas cabeças que pensam coisas fodásticamente extraordinárias, mas tudo o que eu vejo é uma ilustraçãozinha besta nas páginas da ZUPI...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Louise Sandhaus

Descobri um trecho de um texto dela (acho que foi publicado em uma das edições da revista da Emigre) no "Typography Now! 2" que eu achei muito válido (e que não me arrisquei a traduzir pra não perder nada):
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"Since form cannot be separated from content and since form itself carries meaning, then the idea is, in fact, structured and informed by its presentation".
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Estruturação e informação subjugadas à apresentação? Sim. Acho que talvez seja isso o que vai fazer nosso livro, por exemplo, deixar de ser um exercício de diagramação apenas e ganhar contornos de uma peça de design completa.

Site de Louise Sandhaus (com vários pdfs legais de coisas que ela escreveu).


quarta-feira, 16 de abril de 2008

"querer dizer algo visualmente"

Acho que o que o Lucas falou aí embaixo pode ajudar muita gente. Pelo menos me deu uma luzinha aqui. Acho que o lance é você buscar as coisas que você gosta e trabalhar um conceito naquilo. VALEU LUCAS!

Primeira resolução:

Cheguei a um conceito resolvido pro livro! Bem, como a Joana tinha dito na aula de ontem, semana que vem teremos que apresentar esse conceito e justificar uma escolha prévia de materiais. Não vou discutir a minha solução, mas digo que foi bem esclarecedor essa de "querer dizer algo visualmente'", muito além de apenas diagramar o conteúdo de uma maneira bonitinha.

Só pra constar, uma propaganda do Neville Brody pra Nike.

O Fuse é um sucesso!

Colour Lovers

Eu ainda tô tentando descobrir como funciona essa comunidade de "amante das cores", mas achei a proposta bastante interessante e bem receita de bolo. Basicamente, eles te ajudam a fazer composições de cores (de acordo com a escala pantone). A melhor explicação pra ele, eu encontrei aqui.

Eu já fiz um perfil lá. Quer tentar você também?



update: O site demora demaaais pra carregar! E olha que minha net é rápida!

terça-feira, 15 de abril de 2008

PROBLEMA = CONTEÚDO

Isso dá muita dor de cabeça: o que escrever?
Bem, eu comentei hoje com algumas pessoas da sala; meu método pra desenvolver conteúdo pra esse livro (que é o que todos se descabelam pra pensar) é o seguinte: escrevo textos supercondensados com frases enfáticas sobre tudo o que consegui estudar na bibliografia que foi passada (e umas outras adjacências também); daí fica bem fácil discorrer sobre o tema calmamente em um número maior de linhas.
No meu trabalho, preferi dar ênfase à conceitos bem demarcados, como "malha construtiva", "mancha de texto", tipografia, o escambau, porque se eu não desse nome aos bois mais importantes, iria pirar. Essas palavras podem ser tidas como "seções". Acho que dividir os temas mais importantes de acordo com o conteúdo que recebemos é importante pra não cometer equívocos de iniciante.
No mais, o tratamento gráfico é a parte mais besta - já que não precisamos nos preocupar e pirar à vontade.
Pra desestressar, um blog muito bom sobre embalagem aqui. Nada muito a ver com livros, mas podem sair referências de qualquer coisa por aí...